Mudanças no Português do Brasil: 15 dicas da nova ortografia

Escrever pode ser um desafio para muitas pessoas, sendo que a ortografia é o principal ponto que muitos erra. Será que você já domina as mudanças no Português do Brasil?

Bem, por que falar em “Português do Brasil”? É que há outros países que usam a língua portuguesa e tem seu falar e escrever influenciado pela cultura local. No Brasil mesmo, conseguimos ver fortes diferenças entre povos de diversos estados.

Contudo, a escrita precisa sempre ser a mesma para documentos oficiais, provas, e conteúdos formais. E é isso sobre isso que vamos conversar neste artigo, a respeito das mudanças no Português do Brasil e a nova ortografia.

O que é a norma ortográfica?

A norma ortográfica nada mais é do que acordos que são feitos entre os países que usam determinada língua com o intuito de melhorar as trocas entre eles. No caso do Brasil, dizemos nova ortografia, mas ela já está sendo empregada desde 2009.

E, por incrível que pareça, muitos ainda têm problemas com o esse acordo que tem mais de 10 anos. No caso do português, o primeiro acordo foi realizado lá em 1931, e desde então tivemos mais 3.

Pergunte a alguém mais velho, essa pessoa vai se lembrar que antes “farmácia” era escrita “Pharmácia”, por exemplo.

Quais países aceitam o acordo ortográfico?

Dessa forma, para participar do acordo ortográfico, é preciso que os países envolvidos sejam independentes e tenham a língua portuguesa como oficial. Nesse sentido, são os seguintes países:

  • Angola.
  • Brasil.
  • Cabo Verde.
  • Guiné-Bissau.
  • Moçambique
  • Portugal.
  • São Tomé e Príncipe.
  • Timor-Leste.

Mas não se engane, o fato deles usarem a língua portuguesa não significa que ela é a mesma em todos os territórios. Sem falar que temos continentes separados esses falantes, então é compreensível as diferenças.

Só por curiosidade, é interessante relembrar que nem todos os países tem boa relação com as diretrizes estabelecidas. Portugal, por exemplo, tem uma história bem conturbada com a nova ortografia.

De modo que, lá, muitas pessoas continuam a escrever na norma anterior, por acreditar que as mudanças não representam bem a cultura lusa. Veja no vídeo abaixo como Gregório Duvivier e Ricardo de Araújo Pereira comentam algumas diferenças:

Por que ela é importante para o Português Brasileiro?

No caso do Brasil, é muito importante que haja uma unificação, principalmente, devido ao tamanho continental do país. Se não houvesse um acordo, provavelmente, a escrita no Nordeste e no Sul seriam totalmente distintas.

Além disso, essa norma é aplicada nos livros didáticos, publicações de revistas, jornais e outros materiais do meio.

15 Erros recorrentes na ortografia

Dessa forma, a seguir veremos os principais erros recorrentes na ortografia do português e como evita-los.

1.  Mas, Mais e Más

A primeira grande dificuldade ainda está nas três palavras acima, isso porque quando são pronunciadas elas soam, praticamente, iguais. Então anote:

  • Mas: é uma conjunção de oposição. Apresenta uma ideia contrária: Ele se veste bem, mas tem mal hálito.
  • Mais: significa adição, soma de duas coisas ou mais, como na matemática: Eu quero mais comida.
  • Más: é o plural feminino da palavra mau: Aquelas mulheres são más.

2.  Os tais porquês

Nunca mais tenha dúvidas em relação ao emprego certo do porquê. Veja a definição.

  • Por que: é usado no início de frases e mostra uma pergunta: Por que você foi embora cedo?
  • Porque: é usado para a resposta: E fui porque estava com sono.
  • Por quê: deve ser empregado no final das sentenças: você foi embora mais cedo por quê?
  • Porquê: é o substantivo: O porquê deu ter ido mais cedo foi meu sono.

3.  Menas e meia

Duas palavras que são empregadas erroneamente são estas duas. Em primeiro lugar “menas” não está no dicionário, logo não deve ser empregada. Sempre utilize “menos”: Chame menos garotas para a festa.

Já o meia, deve ser usado para metade de coisas (meia laranja) ou para a peça de roupa (minha meia roxa). Entretanto, não se deve usar como advérbio, escreva “a menina é meio triste” no lugar de “a menina é meia triste”.

4.  Através, em e onde

Uma construção que gera bastante confusão é com o uso de advérbios de lugares durante o texto. “Através”, “em” e “onde” devem ser usados apenas para se referir a locais físicos: através da porta, em Ubatuba, onde eu moro.

O mesmo não serve para dizer “o texto onde eu li”, neste caso é melhor usar “no qual”, “por meio”, “o qual” etc.

5.  Porisso e com certeza

Nestes casos não há dúvidas, a escrita correta é: Por isso e com certeza, separados.

6.  O grande problema do Haver

Como o “H” é mudo em língua portuguesa, é normal que seu emprego seja esquecido, mas lembre-se:

  • Sempre que houver menção ao passado, se usa o Há, não A: há tempos, há cinco anos.
  • Quando o sentido é de haver: há livros na prateleira.

7.  A partir ou Apartir?

No mesmo sentido, um erro grande é o tal do “a partir”, já vi muitas pessoas escrevendo “apartir”, “ápartir” “à partir”. Lembre-se a forma certa é “a partir”.

8.  Excessão ou Exceção?

O problema dessa palavra pode ser grande nas mudanças no português do Brasil. Então, anote a versão correta: exceção.

9.  A crase é inimiga?

Que tal resolver de vez a questão da crase? O emprego da crase não é difícil de entender. Vejamos a definição e as regras:

  • A crase é marcada pelo símbolo de ` quando há adição de dois as (a+a).
  • Ela ocorre somente em frente a palavras femininas.
  • Geralmente com verbos de deslocamento: fui à feira, voltei à casa, viajei à Bahia.
  • Com os períodos do dia e com as horas: à tarde, à noite, às 5 horas.
  • Para tirar a prova, coloque uma palavra masculina no lugar da feminina, se aparecer o “ao”, significa que é preciso empregar a crase: fui ao pediatra, fui à casa da vó, entreguei ao meu irmão, entreguei à tia.

10.              Regra do uso do Hífen

Como lembra o Cola da Web, a regra para uso do hífen é a seguinte:

  • Quando a segunda palavra começa com H: super-homem.
  • Se a primeira palavra termina com a mesma vogal do início da segunda: micro-ondas.
  • Depois de “pré-, pró-, pós-”: pós-graduação.
  • Com os prefixos circum- ou pan-: pan-americano.

11.              Quando usar letra maiúscula

Igualmente, vale a pena relembrar quando usar as letras maiúsculas:

  • Para nomes próprios.
  • Em siglas e no início de abreviaturas.
  • No título de livros, revistas e outros materiais.

12.              Assembleia, ideia e boleia

As palavras proparoxítonas (com a tônica na penúltima sílaba) com ditongo aberto (éi e óu) não são mais acentuadas. Por isso:

  • Assembléia virou assembleia.
  • Idéia virou ideia.
  • Boléia virou boleia.

13.              E a trema?

Lembra da polêmica da linguiça? Então, antigamente se escrevia lingüiça e agora esse “acento” morreu. Ou seja, você nunca mais precisa usar a trema ( ¨ )em língua portuguesa. Sim, pode respirar aliviado.

14.              Mau ou mal?

De perspectiva semelhante, sempre tem gente com dúvida de “mau” e “mal”. Veja a explicação:

  • Mau é o contrário de bom: O lobo-bom, o lobo-mau.
  • Mal é o contrário de bem: estou me sentindo bem, estou me sentindo mal.

15.              A gente e a agente

Para finalizar, não podemos esquecer do tal “a gente” e “agente”. Você já deve ter ouvido a seguinte explicação:

  • A gente – plural, parecido com “nós”.
  • Agente – uma pessoa que trabalha para uma organização, como o 007.

Acho que agora já deu para entender bastante sobre as mudanças no português do Brasil, não é verdade? Compartilhe com seus amigos para eles não cometerem mais esses erros.

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